É PRECISO VALORIZAR O MUNDO FEMININO
Hoje, uma moça que pensa
em seu futuro, ou procura uma universidade, ou procura um emprego que lhe
permita realizar-se no campo do “trabalho”. Para ela a família não é mais o que
era para suas avós! A cabeça das mulheres está mudando rápida e drasticamente,
mais depressa do que nossos proverbiais planejadores da sociedade perfeita
conseguem acompanhar. O mundo em que vivemos é um mundo em que tanto a pressa
como o provisório apitam a partida.
O mundo feminino
acordou! Parecia que se tinha conformado em caráter definitivo com o destino
que por “vontade de Deus” lhe tinha sido reservado. Hoje elas estão rompendo
barreiras milenares e desafiando fronteiras tidas até pouco como sagradas. No
mundo dos negócios uma mulher, realizando a mesma tarefa que um homem, só
costuma perceber como salário dois terços do que ele ganha.
Não há como tapar o sol
com peneira: “as mulheres estão colocando os homens contra a parede”. O trágico
está em que nem elas nem eles estão sendo preparados para responder a este
desafio de forma inteligente, sensata e construtiva. No terreno profissional elas
estão pisando no “calo” dos concorrentes masculinos. Terrenos e cargos tidos
tradicionalmente como feudos exclusivos de representantes do “sexo forte” estão
sendo atendidos por mulheres, sem que esta troca tenha contribuído para tornar
o seu desempenho menos eficiente.
A “Emancipação da
Mulher” é um fenômeno cultural que veio em boa hora e para valer! O Papa João
XXIII menciona este fato como sendo um dos “Sinais do Tempo” da atualidade.
O conceito de
complementaridade sexual continua fazendo parte dos tratados de antropologia
como se nos últimos cem anos não tivessem ocorrido mudanças, tanto no campo
científico como no cultural, que nos aconselham encarar este assunto de modo
mais aberto e liberal.
Qual o antropólogo que
não atribui a diferença existente entre homens e mulheres à existência de
órgãos genitais diferentes? É o corpo que é visto como o portador das
diferenças sexuais. A alma e o espírito, tanto do homem como da mulher, nada
têm a ver com sexo e com diferenciação sexual. É assim que ainda hoje as
maiorias dos que tratam do assunto interpretam o comportamento sexual humano.
Os corpos são diferentes, dizem, mas as almas são iguais. Filósofos houve que
negavam até mesmo a existência de uma alma feminina!
A mulher era um “macho
frustrado” na opinião de Aristóteles. No ambiente cristão prevalece, por obra
de Agostinho e de Thomaz de Aquino, a tendência “machista”, à qual até hoje
nenhum papa ousou contrariar. Tanto no mundo cristão, como no mundo judeu e
muçulmano, há uma unanimidade: é preciso manter a mulher longe do poder e do
altar.
A moderna Antropologia
Sexual não admite mais como sendo cientificamente provável ou até mesmo provado
que a mulher é inferior ao homem!
Padre Marcos Bach
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