quarta-feira, 5 de março de 2014

É PRECISO VALORIZAR O MUNDO FEMININO

Hoje, uma moça que pensa em seu futuro, ou procura uma universidade, ou procura um emprego que lhe permita realizar-se no campo do “trabalho”. Para ela a família não é mais o que era para suas avós! A cabeça das mulheres está mudando rápida e drasticamente, mais depressa do que nossos proverbiais planejadores da sociedade perfeita conseguem acompanhar. O mundo em que vivemos é um mundo em que tanto a pressa como o provisório apitam a partida.

O mundo feminino acordou! Parecia que se tinha conformado em caráter definitivo com o destino que por “vontade de Deus” lhe tinha sido reservado. Hoje elas estão rompendo barreiras milenares e desafiando fronteiras tidas até pouco como sagradas. No mundo dos negócios uma mulher, realizando a mesma tarefa que um homem, só costuma perceber como salário dois terços do que ele ganha.

Não há como tapar o sol com peneira: “as mulheres estão colocando os homens contra a parede”. O trágico está em que nem elas nem eles estão sendo preparados para responder a este desafio de forma inteligente, sensata e construtiva. No terreno profissional elas estão pisando no “calo” dos concorrentes masculinos. Terrenos e cargos tidos tradicionalmente como feudos exclusivos de representantes do “sexo forte” estão sendo atendidos por mulheres, sem que esta troca tenha contribuído para tornar o seu desempenho menos eficiente.

A “Emancipação da Mulher” é um fenômeno cultural que veio em boa hora e para valer! O Papa João XXIII menciona este fato como sendo um dos “Sinais do Tempo” da atualidade.

O conceito de complementaridade sexual continua fazendo parte dos tratados de antropologia como se nos últimos cem anos não tivessem ocorrido mudanças, tanto no campo científico como no cultural, que nos aconselham encarar este assunto de modo mais aberto e liberal.

Qual o antropólogo que não atribui a diferença existente entre homens e mulheres à existência de órgãos genitais diferentes? É o corpo que é visto como o portador das diferenças sexuais. A alma e o espírito, tanto do homem como da mulher, nada têm a ver com sexo e com diferenciação sexual. É assim que ainda hoje as maiorias dos que tratam do assunto interpretam o comportamento sexual humano. Os corpos são diferentes, dizem, mas as almas são iguais. Filósofos houve que negavam até mesmo a existência de uma alma feminina!

A mulher era um “macho frustrado” na opinião de Aristóteles. No ambiente cristão prevalece, por obra de Agostinho e de Thomaz de Aquino, a tendência “machista”, à qual até hoje nenhum papa ousou contrariar. Tanto no mundo cristão, como no mundo judeu e muçulmano, há uma unanimidade: é preciso manter a mulher longe do poder e do altar.

A moderna Antropologia Sexual não admite mais como sendo cientificamente provável ou até mesmo provado que a mulher é inferior ao homem!

Padre Marcos Bach

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