terça-feira, 2 de setembro de 2014

O PODER DA ORAÇÃO
O poder da oração é real por duas razões:
1º - É vibração energética espiritual de altíssima intensidade.
2° - É atividade em que a participação de Deus e decisiva.

Logo, a oração é um modo de concentrar quantidade formidável de energias superiores extremamente poderosas. O uso que se faz destas energias é, no mínimo, tão decisivo quanto o próprio potencial energético disponível. Aí, me parece, é que entra o abuso.

Desviar as energias espirituais, mobilizadas por meio da oração, de seu objetivo primordial, só pode ser tomado como abuso. Qual é, porém, esta finalidade principal da oração? É a união com Deus. É a santificação, a identificação cada vez maior com a pessoa de Jesus Cristo.

A finalidade da oração é colocar o ritmo do nosso amor em sintonia com o Amor Divino. Pois a oração faz com que sejamos assimilados de forma crescente ao ambiente divino em que “vivemos, somos e nos movemos” (At 17,28).

Todos os grandes artistas, estadistas e santos de todos os tempos foram pessoas que meditavam e refletiam intensamente. Encontravam-se, por isso, mais próximos da realidade do universo paralelo, onde o contato com a verdade dispensa a mediação dos sentidos e da razão.

O místico sempre acreditou que no interior da consciência humana é o local onde a criação atinge os mais elevados patamares de desenvolvimento e perfeição. O retorno à sua origem espiritual o universo não o fará “explodindo”, mas “implodindo”, tornando-se consciência reflexa. A fuga das galáxias e a fuga do homem moderno para a atividade exterior não representam mais que um momento secundário no conjunto da evolução da matéria. No momento essencial segue em sentido oposto, de recolhimento e de interiorização. Não ocorre, no tempo existencial de cada ser humano, nada verdadeiramente mais digno de sua condição espiritual que o encontro face a face consigo mesmo. Pois é este o objetivo do encontro face a face consigo mesmo. E é este o objetivo da meditação.

É certo, para poder assumir pessoalmente a responsabilidade plena por sua vida, é necessário um grau relativamente elevado de maturidade psicomoral. A pessoa deve ser capaz de elevar-se acima da inércia paralisante do ambiente social em que vive. Mais, deve querer sair da mediocridade de uma existência asfixiada e asfixiante se este for o caso. Tudo o que vier pela frente depois desta opção decisiva terá que ser levado “no osso do peito”. Aquele que nesta jornada tiver a sorte de encontrar um companheiro de aventuras, está com a metade das chances de sucesso garantidas.

Padre Marcos Bach

Um comentário:

  1. Se todos os Cristãos tivessem essa consciencia sobre a oração tudo seria bem diferente. Obrigada pelas ricas postagem que nos ajudam a refletir com mais profundidade questões sérias e importantes da nossa vida!

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